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Sinistralidade nos Planos Médicos

O país tem sua vida financeira realinhada mensalmente por meio dos diversos institutos que medem os índices inflacionários, ou seja, retratam a desvalorização do dinheiro ou a sua valorização.

A inflação é "medida" ou averiguada mensalmente por meio do consumo das famílias. Essa forma de medir os preços gera o que, em economia, é denominado índice. No Brasil, o índice da inflação é o INPC (Índice de Preços ao Consumidor) que é verificado todos os meses pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Todas as famílias têm padrões de consumos diferentes. Por exemplo, algumas consomem carne todos os dias e outras somente uma vez ao mês. Assim, para compreender o comportamento dos preços para a média das unidades familiares, o IBGE estabeleceu o que chama de população-objetivo.

Nesse grupo estão compreendidas as famílias cujo rendimento mensal varia entre um e cinco salários mínimos.

Essas famílias fornecem aos técnicos do IBGE os preços de produtos que adquiriram ao longo do mês.

Esses produtos são definidos periodicamente por meio de uma instrumento denominado POF (Pesquisa do Orçamento Familiar).

Pois bem, este índice e geral para o consumidor, porém, existe um índice específico para as várias atividades da vida, como por exemplo a construção de imóveis, nesse diapasão que entra o índice específico do custo da saúde.

Este varia de acordo com o preço dos remédios, salário do pessoal da saúde, etc....

Mas o que isso tudo tem a ver com a SINISTRALIDADE ? ABSOLUTAMENTE NADA.

O percentual de sinistralidade é medido cada vez que o beneficiário aciona o plano de saúde para marcar qualquer procedimento (consultas, exames e cirurgias), essas ações são caracterizadas como sinistros. Ou seja, sinistralidade no plano de saúde é a relação entre o número de procedimentos para os quais o plano de saúde tenha sido acionado por um beneficiário e o prêmio (valor pago pela sua empresa).

Na verdade se busca um equilíbrio entre o serviço que é prestado pelo plano de saúde e o custo que este tem. Em outras palavras, se durante o ano não houver acréscimos na utilização dos serviços o índice de sinistralidade se manterá estável. Caso haja ele subirá proporcionalmente.

Este fato é previsto contratualmente, isto é, quando o consumidor assina o contrato ele está concordando com a variação e aplicação deste índice.

Ocorre, todavia, que a operadora do plano de saúde não pode simplesmente majorar o índice. Ela deve demonstrar o acréscimo que justificaria o aumento do valor. Por exemplo que houve um grande aumento no número de cirurgias, ou de tratamentos oncológicos, etc....

Porém as administradoras simplesmente determinam o valor do reajuste por sinistralidade unilateralmente, sem demonstrar a razão de ter chegado naquele percentual.